Amamentar proporciona diversos benefícios para mãe e filho, pois além de ser nutritivo ajuda a proteger as crianças de alergias, infecções, câncer infantil, doenças crônicas, etc. No caso da mãe lactante, ajuda a perder peso mais rápido depois do parto, ajuda o útero a voltar ao tamanho normal, reduz as chances de hemorragia e de anemia e de diabetes e de câncer de mama e ovário.
Mas, algumas mães podem encontrar dificuldade em amamentar. No início, é normal que ela sinta um pouco de dor nos mamilos, por causa do forte movimento de sucção. Essa dor pode ir diminuindo depois da primeira semana.
Porém, ficar com os mamilos muito doloridos e machucados não é algo normal e precisa de alguns cuidados. Alguns dos principais problemas no início da amamentação são as rachaduras no bico do seio e mastite.
Mastite
A mastite é um processo inflamatório nas glândulas mamárias, que pode se tornar uma infecção bacteriana. Ela aparece com mais frequência na segunda e terceira semanas depois do parto, mas pode ocorrer em qualquer período da amamentação.
Ficar com o leite acumulado nos seios ajuda no desenvolvimento da infecção, sendo que as lesões nos mamilos podem ser a porta de entrada para as bactérias. A sucção do bebê deixa de ser suficiente, os ductos mamários ficam obstruídos, a mãe fica mais estressada e cansada e as fissuras vão influenciar no desenvolvimento da mastite.
Existem dois tipos de mastite: a infecciosa e a não infecciosa. Em ambas, a parte que está afetada fica dolorida, vermelha e quente. A mãe costuma a sentir mal-estar, febre alta e calafrios.
Fatores que favorecem o aparecimento da mastite
A retirada de todo o leite das mamas.
O bebê apresentar sucção mais fraca.
As mamadas em horários regulares.
A criança usar chupeta e mamadeira.
A produção em excesso de leite.
Rápida redução da quantidade de mamadas.
O bebê dormir por muito tempo à noite.
Uma desmamada de forma abrupta.
Parar de amamentar
A mulher com mastite deve continuar a amamentar e esvaziar a mama da forma correta. O ideal é que o próprio bebê esvazie a mama, sendo que ele não passará por qualquer risco, mesmo com a presença de bactérias. Quando o bebê não sugar todo o leite, é preciso fazer uma retirada manual dele.
Mas, em casos mais graves, com a presença de secreção e pus, o diagnóstico e tratamento de acordo com a uma indicação de um médico.
Usar protetor de bico
Existem muitos produtos e acessórios para ajudar a proteger os veios da mãe.
Conchas
As conchas são plásticos no formato de disco, e que possuem um orifício redondo no centro, para serem usados em cima dos mamilos. Elas podem ser usadas por 30 minutos antes das mamadas ou entre elas.
Quando aparece fissura no mamilo, as conchas ajudam na a circulação de ar.
Protetores de bico flexíveis
Mais conhecidos como “bicos de silicone”, que podem ser colocados sobre o mamilo e a aréola imediatamente antes da mamada para facilitar a pega do bico certa. O uso de protetores flexíveis deve ser limitado e os pacientes precisam de acompanhamento de um médico.
Curativos de gel
Esses curativos possuem a forma de disco feito a base de gel, poliacrilamida, glicerina e água. A utilização destes curativos amplia a possibilidade de infecção tanto por causa do contato frequente com a lesão, quanto na flora da pele da mãe.
Protetores absorventes
Eles ajudam a absorver a quantidade excessiva de leite materno, podendo ser descartáveis ou reutilizáveis. Muitas mães se sentem constrangidas com o vazamento de leite em público. A sua utilização eventual pode ser uma forma prática. Mas para que os mamilos fiquem sempre úmidos, os protetores revestidos de plástico impermeável precisam passar por trocas regulares. Se o protetor ficar colado na pele, será necessário que os seios sejam molhados antes de ser retirado.
Caso a mãe tenha candidíase no mamilo, os absorventes que são reutilizáveis devem ser fervidos todos os dias. Não se recomenda por papel higiênico ou lenços de papel o para absorver o excesso de leite, pois superfície da pele costuma ficar muito molhada.
A amamentação deve ser realizada sempre que o bebê pedir.